sexta-feira, setembro 30, 2005

Um amigo!

Durante um jantar em casa de uns familiares, a Sara discutiu com os pais, ela estava só, não tinha amigos que a pudessem consolar, nem um namorado ou o que quer que fosse. A super-protecção dos pais tinha-a feito afastar-se de todos os que a rodeavam, ela vivia num casulo, só ia para as aulas e depois regressava a casa, era uma vida monótona.
Nas aulas pouco falava com as pessoas, nos intervalos ficava a um canto à espera que o tempo passasse para regressar a casa. Ela gostava de um rapaz, eles há uns tempos atrás tinham se desentendido porque os feitios de ambos não conjugavam bem; ela vivia fechada sob si mesma, mas esperava um grande amor para a fazer mudar de vida; ele era desinibido, não se importava muito com o que ela sentia, ou pelo menos, não o demonstrava e, acima de tudo, não queria ninguém para o controlar.
Depois da violenta discussão com a família, a Sara fugiu. Era uma noite fria, de Inverno, chovia violentamente e os relâmpagos, seguidos da trovoada, aterrorizavam-na ainda mais. Corria sem rumo, sem destino, pelas ruas desertas onde apenas se ouvia o barulho da chuva e da trovoada. Parou um pouco, num banco de jardim, para pensar na vida e no que lhe estava a acontecer. A chuva tinha parado finalmente, a tempestade estava a afastar-se aos poucos e poucos e ela decidiu uma coisa que iria mudar a sua vida… Decidiu ir ate à casa do seu mais-que-tudo, o tal rapaz por quem estava apaixonada, o Tiago. Decidiu fazer isto porque já que a sua vida ia mudar, finalmente mostrou à família que tinha alguma personalidade, ao menos criava coragem para lhe dizer tudo o que sentia e pensava.
Esperou uns minutos à porta do prédio dele, depois lá se decidiu a tocar à campainha, na esperança que alguém lhe abrisse a porta, apesar do avançar da hora. Do outro lado ouviu-se uma voz ensonada, a perguntar quem era, a Sara respondeu, a voz calou-se e passados alguns segundos a porta do prédio abriu-se. Ela subiu, a porta da casa dele já se encontrava meio aberta, ela espreitou, lá estava ele incrédulo a olhar-lhe, ela abraçou-o com tanta força que qualquer outra pessoa que estivesse por perto, percebia que algo de errado se passava com aquela rapariga encharcada dos pés à cabeça. O Tiago percebeu logo que algo de errado tinha acontecido, levou-a até ao seu quarto, ele estava sozinho em casa, os pais tinham ido de fim-de-semana a casa de uns tios. Conversaram durante horas a fio, pediram desculpas um ao outro pelos maus actos que tiveram, pelas desconfianças mútuas, por tudo… Admitiram que se amavam. Começaram a envolver-se fisicamente, o ambiente estava propicio a isso, era a primeira vez dos dois, foi algo mágico que sucedeu nas suas vidas. Nesse dia de manhã acordaram abraçados, admitiram que o ano e mio que estiveram afastados foi muito tempos nas suas vidas, mas agora estava tudo bem entre eles, só faltava a Sara regressar a casa, os pais estavam preocupados com ela, chegaram até a telefonar para a polícia.O Tiago decidiu que devia acompanhar a Sara até casa, para ambos falarem com os pais dela, pois assim se sentia mais segura!
A primeira reacção dos pais foi abraçar a filha, depois ralharam-lhe e em seguida olharam, finalmente, para o rapaz que vinha com ela; fizeram muitas perguntas. Sentaram-se os quatro na sala, a conversar como pessoas civilizadas que eram, para ver se tudo ficava resolvido.
Conclusão, os pais da Sara perceberam que a filha tinha crescido e que precisava sair do centro das atenções deles. Viram que o amor que sentiam pela filha era doentio e ambos, depois desse dia tentaram ir melhorando as suas relações pais-filha, chegaram à conclusão que a filha crescera e eles nem tinham notado. Agora vivem felizes, em harmonia. Finalmente a Sara tem a família com que sempre desejou e o namorado que sempre quis, que é acima de tudo seu Amigo, algo que ela precisava e muito, de um amigo!


*Nomes e estória ficticios!

sábado, setembro 24, 2005

O sonho nunca realizado


A M. tinha um sonho, sonhava ser mãe, ter uma grande família, um emprego que lhe permitisse conciliar o lazer e o trabalho e um marido com iguais objectivos, sonhava ser feliz…! Desde nova que tinha este sonho.
As suas relações com os outros eram sempre um obstáculo, entre ela e o resto da humanidade havia um limite que ela fazia questão de não ultrapassar, não porque não quisesse, mas sim porque era praticamente obrigada devido ao seu feitio retraído. Na escola aplicava-se o máximo que conseguia, para poder chegar mais depressa ao seu sonho, ultrapassando todos os obstáculos, mesmo que caísse, levantava sempre a cabeça, como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu fazer o seu curso, já estava formada no que sempre desejou, a bendita Psicologia, tentar perceber os outros e a si mesma, sempre teve jeito para isso, desde muito nova que procurava dar conselhos a quem a rodeava, ajudando-os a lidar com as situações-obstáculo que se interpunham nas suas vidas. Porém, ás vezes, não se percebia a ela própria, achava que estava sempre a errar, em tudo o que fazia e martirizava-se depois de tomar algumas atitudes. Enfim, penso que todos nós, de uma maneira ou de outra, achamos sempre que algo que fizemos está mal, posso estar errada, é certo, mas em geral temos uma tendência para nos auto-depreciarmos.
Na universidade em que tirou o seu curso, conheceu um rapaz com os objectivos iguais aos seus, dizem que foi amor à primeira vista. Anos mais tarde casaram, ambos já trabalhavam na área que escolheram; eram felizes assim, mas faltava algo de que ela não prescindia, os filhos. Ele dizia sempre que queria deixar para mais tarde, porque ainda estavam no início das suas vidas e ele queria aproveitar, durante mais alguns anos, a vida de casado sem responsabilidades acrescidas. Esperaram anos demais…quando ele achou que já era tempo de aumentar a família, ela já não podia ter filhos, a gravidez seria de alto-risco. Não quiseram arriscar. Ela não aguentou a monotonia das suas vidas, morreu poucos anos mais tarde…


*Nome e estória fictícios.

domingo, setembro 18, 2005

Sou caloira....

...da ESE do Piaget de Almada (se ainda me quiserem lá :P), não entrei na pública no curso que queria, paciência...tou mais mentalizada agora! Foi o que tinha que ser! Entrei em Comunicação Social, que foi a minha 3ª hipótese, mas pus só para ver no que é que dava, por isso não vou.
Agora sim vai começar uma outra vida, em principio, amanhã vou já ser praxada, aaai!

Beijinhos!

sábado, setembro 17, 2005

Que nervos!!

Hoje é, e está a ser, um dia de nervos pra mim, dentro de umas horas vou saber se entrei na faculdade e em qual fiquei. Vamos lá ver...estou uma pilha!!
Mais tarde digo qualquer coisa, quando souber as novidades...! Até lá tenho muito que sofrer :S

Té já!*

quinta-feira, setembro 15, 2005

Lindo, Lindo!! :)

Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura
...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.


Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos".

(Um dos meus poemas preferidos!)

terça-feira, setembro 13, 2005

Eu ligo-te quando me esquecer de ti!

Sonhei um dia escrever-te uma carta, para me, talvez declarar, entre outras coisas parvas que poderia escrever. Sim, digo parvas, porque desde que te conheci começo a achar que o amor não é mais que palavras lamechas ditas entre beijinhos e abraços fortes. Eu gosto muito mais de abraços, os abraços transmitem muito mais sentimentos. De ti não quero nada disso, já quis, confesso!...ok, secalhar ainda quero e tenho medo de admitir. Conversa confusa esta que te conto, entre paredes de sistemas informáticos, cheios de coisas para dizer, mas sem sentimentos a declarar. Não sei como começar, apesar das linhas tortas que escrevi.
Sabes, agora quando olho para ti já não sinto o mesmo que sentia à tempos atrás, e que tempos esses!...eu ainda pensava que podia ser feliz contigo! Oh, como eu era ingénua na altura! Tenho pena que entre nós não tenha dado certo, o burro foste tu, tinhas uma rapariga que gostava de ti e que fazia tudo o que quisesses, como sempre desejas-te, agora azar, procura uma parva qualquer que satisfaça os teus desejos, mas que não te ame de verdade.
Foste o único por quem me apaixonei, porra que sina a minha, tinha logo que me apaixonar por ti e ainda por cima até te achava o homem mais bonito à face da terra, ai...e não é que a paixão cega mesmo as pessoas...!
Agora o destino vai, forçosamente, separar-nos. Fico mais aliviada, mas ao mesmo tempo tenho pena!
Eu ligo-te quando me esquecer de ti!

P.S. : Arranja um telemóvel decente!!!!

Para 4 pessoas muito especiais para mim!

Hoje decidi escrever para eles, porque acima de tudo fazem parte da minha vida. Entraram nela não à muito tempo e espero muito sinceramente que dela nunca saiam! São 4 pessoas muito especiais, com as quais me divirto muito, sorrio, emociono-me…sei lá, fazemos tanta coisa juntos, mesmo que não estejam propriamente perto de mim, mas claro que isso não importa, se bem que eu gostava mais, mas…como não é possível…bem, nós havemos de arranjar uma solução :P !!
Quero agradecer-lhes principalmente por terem paciência para me aturar, que eu sei que não é fácil e, acima de tudo, por serem meus AMIGOS!
Obrigado!
Adoro-vos, Ana, Joel, Mary e Lila!! =)

domingo, setembro 11, 2005

Não me sinto...

...suficientemente adulta para tirar a carta!
Acham normal?
:S

Sometimes you can't make it on your own!

Como boa fã de U2, esta música dá-me uns certos arrepios e de vez em quando chega a lagrimita no canto do olho...
O Bono fez esta música para dedicar ao pai!

Aqui vai a letra:

Tough, you think you’ve got the stuff
You’re telling me and anyone
You’re hard enough

You don’t have to put up a fight
You don’t have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight

Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone

And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own

We fight all the time
You and I… that’s alright
We’re the same soul
I don’t need… I don’t need to hear you say
That if we weren’t so alike
You’d like me a whole lot more

Listen to me now
I need to let you know
You don’t have to go it alone

And it’s you when I look in the mirror
And it’s you when I don’t pick up the phone
Sometimes you can’t make it on your own

I know that we don’t talk
I’m sick of it all
Can - you - hear - me – when – I -
Sing, you’re the reason I sing
You’re the reason why the opera is in me…

Where are we now?
I’ve got to let you know
A house still doesn’t make a home
Don’t leave me here alone...

And it’s you when I look in the mirror
And it’s you that makes it hard to let go
Sometimes you can’t make it on your own
Sometimes you can’t make it
The best you can do is to fake it
Sometimes you can’t make it on your own

:)))))

sábado, setembro 10, 2005

Talvez um dia...

Numa tarde quente de Verão, ela viu-o, naquela rua de casas de pedra, ocas sob uma calçada dura e silenciosa e, rapidamente, desviou o olhar. Ele estava com a máquina fotográfica na mão, a fotografar a beleza daquele lugar. Ela sabia que não podia deixar de lhe falar, talvez por vergonha não o teria feito antes…depressa olhou para ele e viu-o a sorrir-lhe, cumprimentou-o com um simpático e tímido “tudo bem?!” e seguiram para junto da família dele onde se divertiram e começaram ambos a ambientar-se àquele clima quente e acolhedor da pequena aldeia.

Durante aquela semana saíram todos os dias com alguns amigos que tinham em comum e ela sentiu que se começavam a aproximar mais, talvez por ser mulher e ainda jovem, começou a imaginar que um dia poderiam ficar juntos; tinham os mesmos gostos, falavam sobre as mesmas coisas, mas a distância e o facto de ele já ter namorada, separava-os.

Ela não sabe se ele sentia o mesmo, mas algo lhe dizia que não, apesar dos amigos os tentarem juntar. Disseram-lhe até que ele poderia estar apaixonado, ao que ele respondeu com um gracioso sorriso de quem não sabe bem se é realmente aquilo que quer. Ela ficou envergonhada pela situação e fingiu não perceber a conversa, mais uma vez a timidez falou por ela.

A semana de férias dele e da família acabou, no último dia divertiram-se muito mais que nos dias anteriores e ela começava a ficar angustiada, pois sabia que nunca mais o ia ver, só nas próximas férias de verão. À noite, ele estava algo triste, ninguém sabe porquê, mas pelo que os amigos disseram ela é que o animou, com as suas brincadeiras e talvez apenas pela sua presença, quem sabe…A despedida para ela foi dura, ele pareceu não se importar muito com o facto de se ir embora e só a voltar a ver dentro de um ano, a única coisa que ambos disseram um ao outro foi apenas “adeus…”. Ela queria um “até já!”. Agora, sempre que passa pela mesma rua, onde se voltaram a encontrar depois do verão passado, evita não olhar para a casa para não se lembrar dele.

Talvez um dia…

O começo de uma grande amizade!

Amizade entre mim, vocês e o meu blog!

Tudo começou em mais uma das minhas reflexões antes de dormir, comecei a imaginar que seria giro pôr num blog, alguns dos meus pensamentos, das minhas ideias, dos meus sonhos... Começo a achar que este blog poderá ser a minha faceta mais adulta, já que no meu outro blog apresento a minha face "humoristica", se é que realmente a tenho. Esse vai continuar activo, como é óbvio, mas este secalhar será o mais "postado", porque pensamentos, sonhos, ideias, há sempre, mas um sorriso nos lábios e alguma palhaçada, infelizmente não há a toda a hora!
Sinceramente espero que gostem!
Obrigado!

Carolina