O sonho nunca realizado
A M. tinha um sonho, sonhava ser mãe, ter uma grande família, um emprego que lhe permitisse conciliar o lazer e o trabalho e um marido com iguais objectivos, sonhava ser feliz…! Desde nova que tinha este sonho.
As suas relações com os outros eram sempre um obstáculo, entre ela e o resto da humanidade havia um limite que ela fazia questão de não ultrapassar, não porque não quisesse, mas sim porque era praticamente obrigada devido ao seu feitio retraído. Na escola aplicava-se o máximo que conseguia, para poder chegar mais depressa ao seu sonho, ultrapassando todos os obstáculos, mesmo que caísse, levantava sempre a cabeça, como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu fazer o seu curso, já estava formada no que sempre desejou, a bendita Psicologia, tentar perceber os outros e a si mesma, sempre teve jeito para isso, desde muito nova que procurava dar conselhos a quem a rodeava, ajudando-os a lidar com as situações-obstáculo que se interpunham nas suas vidas. Porém, ás vezes, não se percebia a ela própria, achava que estava sempre a errar, em tudo o que fazia e martirizava-se depois de tomar algumas atitudes. Enfim, penso que todos nós, de uma maneira ou de outra, achamos sempre que algo que fizemos está mal, posso estar errada, é certo, mas em geral temos uma tendência para nos auto-depreciarmos.
Na universidade em que tirou o seu curso, conheceu um rapaz com os objectivos iguais aos seus, dizem que foi amor à primeira vista. Anos mais tarde casaram, ambos já trabalhavam na área que escolheram; eram felizes assim, mas faltava algo de que ela não prescindia, os filhos. Ele dizia sempre que queria deixar para mais tarde, porque ainda estavam no início das suas vidas e ele queria aproveitar, durante mais alguns anos, a vida de casado sem responsabilidades acrescidas. Esperaram anos demais…quando ele achou que já era tempo de aumentar a família, ela já não podia ter filhos, a gravidez seria de alto-risco. Não quiseram arriscar. Ela não aguentou a monotonia das suas vidas, morreu poucos anos mais tarde…
*Nome e estória fictícios.
As suas relações com os outros eram sempre um obstáculo, entre ela e o resto da humanidade havia um limite que ela fazia questão de não ultrapassar, não porque não quisesse, mas sim porque era praticamente obrigada devido ao seu feitio retraído. Na escola aplicava-se o máximo que conseguia, para poder chegar mais depressa ao seu sonho, ultrapassando todos os obstáculos, mesmo que caísse, levantava sempre a cabeça, como se nada tivesse acontecido.
Conseguiu fazer o seu curso, já estava formada no que sempre desejou, a bendita Psicologia, tentar perceber os outros e a si mesma, sempre teve jeito para isso, desde muito nova que procurava dar conselhos a quem a rodeava, ajudando-os a lidar com as situações-obstáculo que se interpunham nas suas vidas. Porém, ás vezes, não se percebia a ela própria, achava que estava sempre a errar, em tudo o que fazia e martirizava-se depois de tomar algumas atitudes. Enfim, penso que todos nós, de uma maneira ou de outra, achamos sempre que algo que fizemos está mal, posso estar errada, é certo, mas em geral temos uma tendência para nos auto-depreciarmos.
Na universidade em que tirou o seu curso, conheceu um rapaz com os objectivos iguais aos seus, dizem que foi amor à primeira vista. Anos mais tarde casaram, ambos já trabalhavam na área que escolheram; eram felizes assim, mas faltava algo de que ela não prescindia, os filhos. Ele dizia sempre que queria deixar para mais tarde, porque ainda estavam no início das suas vidas e ele queria aproveitar, durante mais alguns anos, a vida de casado sem responsabilidades acrescidas. Esperaram anos demais…quando ele achou que já era tempo de aumentar a família, ela já não podia ter filhos, a gravidez seria de alto-risco. Não quiseram arriscar. Ela não aguentou a monotonia das suas vidas, morreu poucos anos mais tarde…
*Nome e estória fictícios.
9 Comments:
MUITO, mas MUITO BOM!!
Mas ta tao bom k merecia mais uma linhitas... aprofundar um pouco mais. Mas ta mt bom mesmo!
Acho que o Jay disse tudo... ;) Mas só pra frisar...TÁ MUITO BOM! XALENTE!! ********
A estória é tão actual, infelizmente, que peca por ser fictícia.
bjinho
p.s. entraste em que curso?
parabéns caloira!!!
Bgd a todos!! :)
Eva: Educação de Infância :)bgd!! ;)
Como já escreveram e muito bem está muito bom, mesmo muito bem escrito :)
Continua tens muito talento :)
Paz******
wow.. muito bem escrito! e trágico.. estás mesmo mázinha hoje ;) lol
bjinhos***
Gostei muito, e como todos disseram: Está Excelente. Mas tb concordo com o jay...merecia um aprofundamento maior!!
Mas gostei...principalmente do fim trágico!
Bjinhos
Hum! Vim aqui ter através do Sem Título, e gostei do que vi, sim senhora!!;)
Obrigada!! :)
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