A Morte

Nunca me tinha morrido ninguém próximo e achava que, quando isso acontecesse, ia ser forte e ia lidar com isso como se fosse uma coisa normal, do dia-a-dia. E é, mas afinal não sei lidar muito com isso, como acontece com a maioria das pessoas, penso eu.

Na semana passada, morreu um tio meu. Não eramos muito próximos, viamo-nos muito poucas vezes, mas gostava dele e acho que ele também gostava de mim, apesar de ter-mos falado pouco. Eu sempre fui muito tímida, muito mais na infãncia, que foi quando estive mais tempo com ele.

Há uns meses para cá, todos soubemos que ele tinha cancro. Lutou até ao fim. Foi uma semana horrível, o médico já tinha dito que nem valia a pena ele voltar para o hospital. Cada vez que tocava o telefone, os nossos corações palpitavam mais forte, tinhamos medo da verdade. Até que houve um dia em que a notícia por que esperavamos, infelizmente, surgiu.

A missa e o funeral são impossíveis de descrever, como calculam. Foi, sem dúvida, a pior manhã da minha vida.

Dias antes, tinha tido outra notícia assim, a avó de um grande amigo meu tinha morrido. Tu sabes que partilho essa dor contigo, sempre gostei da tua avó.

Bia e Tio, descansem em paz! Até sempre!